
por Ricardo F. Ramos
Praça Ilo Otani – Bairro do Pari
A Praça Ilo Otani, no coração do Pari, enfrenta uma série de problemas que têm prejudicado o bairro e sua comunidade. Localizada em um ponto estratégico da cidade, ao lado da Biblioteca Adelpha Figueiredo, do Colégio Estadual Frei Paulo Luiggi e em frente à agência do Banco do Brasil, a praça tornou-se sinônimo de abandono, insegurança e ocupação desordenada.
No entanto, há quem suspeite que os problemas da região sejam mais do que mero descaso. A crescente degradação do espaço público pode estar sendo impulsionada por uma estratégia intencional de desvalorização, conduzida por grupos com interesses financeiros.
O Lixo: Um Problema Inacreditável na Praça Ilo Otani
Além dos problemas de segurança e ocupação, a Praça Ilo Otani enfrenta um cenário alarmante de acúmulo de lixo. Resíduos de todos os tipos estão espalhados pela área, comprometendo a saúde pública e a qualidade de vida dos moradores e trabalhadores da região. A situação reflete o descaso com a limpeza urbana, tornando a praça um símbolo de abandono.
A população cobra da Subprefeitura da Mooca ações urgentes para a coleta regular de lixo e a manutenção do espaço público. O acúmulo não só prejudica a estética da praça, mas também atrai pragas e coloca em risco a saúde dos frequentadores. É imprescindível que as autoridades tratem este problema com a seriedade que ele exige.

Segurança e Problemas Estruturais
O aumento no número de moradores de rua na praça e os relatos de furtos e assaltos têm causado medo em quem frequenta a região. Funcionários da agência bancária evitam entrar ou sair do trabalho sozinhos, e moradores reclamam da falta de segurança e das más condições do espaço público.
Enquanto isso, a Subprefeitura da Mooca parece inerte diante das reclamações da comunidade, que pede mais policiamento, ações da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e políticas de acolhimento para os moradores de rua.
Suspeitas de Desvalorização Planejada
Para muitos, o abandono do Pari pode estar ligado a interesses empresariais. A chegada da estação de metrô Silva Telles e a construção da Arena Portuguesa prometem uma valorização imobiliária de até 1000% na região. Com isso, há suspeitas de que empresários, em conjunto com imobiliárias, estejam se aproveitando do atual cenário de abandono para desvalorizar o bairro, adquirindo imóveis a preços reduzidos.
Essa estratégia, se comprovada, é um claro desrespeito à comunidade local, que luta para manter o Pari como um bairro vibrante e próspero. A aposta na valorização futura, com a modernização da infraestrutura e os grandes empreendimentos previstos, contrasta com o cenário atual, onde o abandono é evidente.
O Papel da Subprefeitura e das Autoridades
A Subprefeitura da Mooca tem o dever de intervir imediatamente, seja para resolver os problemas de segurança na Praça Ilo Otani, seja para evitar uma possível especulação imobiliária que prejudique os moradores. A comunidade exige:
- Maior presença da GCM e policiamento ostensivo;
- Implementação de políticas sociais para acolhimento de moradores de rua;
- Monitoramento e investigação de práticas que possam indicar desvalorização proposital.
A Gazeta do Pari continuará acompanhando de perto essa situação, cobrando as autoridades e trazendo à tona as informações que os munícipes precisam para proteger seu bairro e seus direitos. A região do Pari tem um potencial imenso de crescimento e valorização, mas isso deve ser feito com ética e respeito às pessoas que vivem e trabalham aqui.