
A CIDADE ABANDONADA ENTRE ENTULHO, FEZES E DESCASO
Gazeta do Pari – Edição Especial de Fiscalização Cidadã
“A rua não é banheiro. A rua não é lixeira.”
Esse deveria ser o básico da convivência urbana. Mas no bairro do Pari, isso virou utopia. O que se vê é o completo abandono do espaço público.
Se não bastassem os casos constantes de fezes humanas nas calçadas, agora o cenário se agrava com lixos acumulados em diversos pontos, resultado direto da atuação de oficinas clandestinas, ausência de fiscalização e da explosão social de moradores em situação de rua.
❌ Oficinas clandestinas como produtoras de lixo urbano
São dezenas de denúncias registradas por moradores, apontando que oficinas ilegais, muitas vezes funcionando sem alvará, estão despejando diariamente sacos de lixo, restos de tecido, embalagens plásticas, caixas de papelão e até óleo usado diretamente nas vias públicas.
A prática é criminosa e, ainda assim, nenhuma ação concreta da Prefeitura foi registrada. As ruas do Pari estão sendo tratadas como depósitos clandestinos por aqueles que lucram explorando espaços urbanos sem qualquer respeito às normas ambientais ou de convivência.
🛑 Moradores de rua entre lixo e entulho
A população em situação de rua, visivelmente aumentada no bairro, vive agora entre os montes de lixo, espalhando entulho, improvisando barracos ou revirando sacolas na esperança de encontrar algo de valor. O que vemos é um bairro transformado em um cenário de degradação urbana e sanitária.
A falta de uma política pública séria para moradia e acolhimento está escancarada. A responsabilidade da Prefeitura é inquestionável.
A Subprefeitura da Mooca já foi comunicada
Segundo informações obtidas pelo Gazeta do Pari, o atual subprefeito da Mooca, Cel. Marcus Vinicius, já foi informado oficialmente da situação crítica que se alastra pelas ruas do Pari.
Ele se comprometeu a tomar providências imediatas, e os moradores aguardam com expectativa e urgência por medidas concretas que impeçam o avanço do lixo, punam oficinas clandestinas e ofereçam soluções reais para a situação das pessoas em situação de rua.
Agora, a palavra está com o poder público.
⚠️ A Cracolândia está sendo “espalhada”?
Nos últimos meses, diversas ruas do Pari, Brás e Mooca passaram a registrar aglomerações semelhantes às vistas na Cracolândia, com usuários de drogas, barracas e movimentações suspeitas em plena luz do dia.
A impressão que muitos moradores têm é que houve uma transferência silenciosa do problema central para regiões periféricas, como forma de “dissolver” o impacto visual no centro da cidade.
Mas a pergunta precisa ser feita: será que a Prefeitura adotou como solução apenas espalhar o problema?
📣 Deixe seu comentário e envie sua denúncia
O Gazeta do Pari está aberto para ouvir os moradores, divulgar suas denúncias e pressionar as autoridades.
As imagens recebidas comprovam o descaso, mas sua participação pode fortalecer ainda mais a fiscalização.
📤 Envie fotos, vídeos e denúncias para:
www.gazetadopari.com.br ou pelo WhatsApp da redação.
🗣 Comente abaixo: Você também está cansado desse abandono?
📌 Nota Legal
O descarte irregular de lixo em via pública configura infração segundo a Lei Municipal nº 13.478/2002, sujeita à multa e sanções administrativas.
O Art. 161 do Código de Limpeza Urbana é claro: “É proibido lançar resíduos sólidos em vias e logradouros públicos fora dos recipientes adequados.”
Além disso, oficinas irregulares que operam sem licença ambiental, sanitária ou urbanística podem ser interditadas e sofrer processos administrativos e criminais.
E atenção: difamar, caluniar ou acusar falsamente jornalistas, ativistas ou cidadãos que denunciam irregularidades pode configurar crime, conforme o Código Penal, artigos 138 e 139.
Ricardo F. Ramos
Jornalista Responsável – MTBSP
Gazeta do Pari – Jornalismo com Identidade Local