
O bairro do Pari, um dos mais antigos e tradicionais da cidade de São Paulo, tem enfrentado um problema crescente e incômodo: a prática de fazer necessidades fisiológicas — como urinar e defecar — em plena via pública. Um ato que deveria ser impensável em qualquer sociedade minimamente civilizada, infelizmente tem se tornado comum em certas regiões do bairro.
Este comportamento não pode ser tratado como “cultural” ou “natural” quando fere os princípios básicos de convivência urbana, higiene e respeito ao espaço coletivo.
Nenhuma Cultura Justifica Falta de Educação Urbana
Não importa o país de origem, a condição financeira ou o tempo de permanência na cidade: a rua não é banheiro. Cada pessoa que decide viver ou trabalhar em nosso país deve compreender e respeitar as normas de convívio urbano. E entre elas, está a mais básica de todas: não fazer suas necessidades em calçadas, praças, becos ou vielas.
Nosso bairro não é curral. E nossa cidade não pode ser transformada num depósito de fezes a céu aberto por descaso ou costume.
A Escolha de Viver Aqui Exige Responsabilidade
Muitos imigrantes, encontram no Pari oportunidades de trabalho, moradia e sobrevivência. São bem-vindos. Mas ser bem-vindo não significa estar isento de respeitar as regras básicas de higiene pública.
Se você escolheu viver nesta terra, honre esse solo com atitudes que não tragam vergonha, mau cheiro e desrespeito. Traga o que há de melhor da sua origem — sua força de trabalho, seu artesanato, sua cultura — mas não traga o desrespeito aos espaços que são de todos.
Lixo, Fezes e Tecidos Ilegais: Um Combo Perigoso
Além das necessidades fisiológicas na rua, o bairro tem sido alvo de despejo irregular de lixo e transporte de cargas clandestinas — muitas vezes sem nota fiscal, sem higiene e com riscos ambientais. As calçadas viram depósitos de tecido, caixas, alimentos vencidos e sujeira.
A falta de fiscalização colabora com esse descontrole, mas também cabe à comunidade denunciar, registrar e exigir providências.
Respeite Onde Mora. Ou Reflita Se Deve Ficar.
A Gazeta do Pari, em parceria com o personagem cômico Parito e sua série “O Coco Chapéu”, busca alertar — com bom humor e crítica — sobre uma realidade que não pode mais ser ignorada. A lhama com chapéu, presente nas tirinhas, simboliza a crítica silenciosa a quem confunde liberdade com falta de respeito.
Respeitar o bairro é respeitar a si mesmo. E quem não respeita… talvez ainda não entendeu onde está.
📌 Nota Legal e Educativa
Esta matéria trata exclusivamente de comportamentos inadequados em vias públicas, independentemente da nacionalidade, etnia ou origem social dos envolvidos.
Urinar, defecar ou descartar lixo nas calçadas é ato de desrespeito à coletividade e pode configurar infração sanitária e crime ambiental, conforme os artigos 233 do Código Penal (ato obsceno) e legislações municipais pertinentes.
Infelizmente, pessoas com baixa capacidade de interpretação de texto, ou guiadas por interesses ideológicos, podem tentar distorcer uma crítica cívica e urbana como se fosse discurso de ódio — o que é, por si só, um abuso interpretativo.
Xenofobia é crime (Lei nº 7.716/89). Mas acusar falsamente alguém de xenofobia, sem fundamento, pode configurar os crimes de:
Calúnia (Art. 138 do Código Penal): “Imputar falsamente a alguém fato definido como crime” – pena: 6 meses a 2 anos e multa;
Difamação (Art. 139 do Código Penal): “Imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação” – pena: 3 meses a 1 ano e multa.
🛑 Liberdade de expressão não é salvo-conduto para caluniar ou difamar. Toda acusação deve ser fundamentada em fatos e responsabilidade.
👉 Respeitar a cidade onde vivemos não é xenofobia — é dever de todo cidadão.
📢 Denúncias podem ser feitas pelo site do Conselho Participativo Municipal do Pari:
👉 www.cpmpari.com.br
✍️ Texto e Quadrinhos: Equipe Gazeta do Pari
🎩 Criação do Personagem Parito: Wagner Wilson