
Ricardo F. Ramos
Jornalista – MTB/SP
Hipnólogo Clínico Certificado
Diretor da Gazeta do Pari
A Ocupação do Ginásio da Mooca
No coração da Mooca, um conflito silencioso evidencia um grave desequilíbrio nas políticas públicas de habitação e imigração: o ginásio do Parque da Mooca foi ocupado por cerca de 200 famílias de imigrantes, com anuência informal da Subprefeitura, sob o compromisso de uma permanência temporária. Contudo, semanas se passaram e a ocupação tornou-se permanente — agora condicionada à entrega de casas populares da COHAB.
Mesmo com a Prefeitura oferecendo auxílio financeiro de R$ 1.000,00 por família para custeio de aluguel, os ocupantes, respaldados por uma ONG que alega estar amparada por convenções internacionais de direitos humanos, se recusam a deixar o local enquanto não receberem moradia definitiva.
Esse tipo de atuação levanta um questionamento urgente: até quando o Brasil aceitará ser o receptor das consequências de políticas socialistas fracassadas de outros países? Muitos desses imigrantes fogem de regimes de esquerda que devastaram suas economias e sua dignidade, e agora, ao chegarem aqui, exigem — amparados por ONGs — prioridade no acesso à moradia, passando à frente de cidadãos brasileiros que estão há anos na fila da COHAB.
A Constituição Federal garante, em seu Art. 5º, caput, o direito à igualdade: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza…”. Também assegura no Art. 6º que a moradia é um direito social. Mas quando esse direito se torna instrumento de barganha política e imposição ideológica, perde sua essência.
A Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992) prevê sanções para gestores que agirem com desvio de finalidade, inclusive ao privilegiar grupos específicos em detrimento da população em geral.
As ONGs — muitas vezes financiadas com recursos internacionais — passaram a atuar como agentes paralelos de políticas públicas, impondo suas diretrizes sem qualquer responsabilidade legal ou compromisso com o impacto local. Quem elegeu essas entidades para definir prioridades sociais no Brasil?
Organizações como a Missão Paz, a Caritas Arquidiocesana de São Paulo, o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), a Pastoral do Imigrante e o CAMI estão entre as entidades mais ativas no apoio à permanência e ao acolhimento de imigrantes no Brasil. Basta fazer uma rápida busca no Google para identificar os grupos, nomes e figuras públicas que estão por trás dessas ações — muitos deles com respaldo político e até vínculos com lideranças religiosas de grande visibilidade midiática.
Essa cultura de inversão de valores, típica da agenda progressista de esquerda, precisa ser revista. Cada governo deve ser responsável por seu povo, sua política e suas crises. Importar o colapso social alheio e distribuí-lo entre os mais pobres do Brasil é cruel, injusto e insustentável.
Você é Socialista? Então Faça Sua Parte.
Aos que defendem com fervor a permanência de imigrantes em espaços públicos, mesmo diante da violação dos direitos da população local, fica uma pergunta simples:
Você já ofereceu a sua própria casa para acolher essas famílias?
Se a resposta for não, então talvez seja hora de rever a coerência do seu discurso.
É cômodo defender causas humanitárias quando o peso da responsabilidade recai sobre os ombros dos outros — da Prefeitura, dos contribuintes, dos moradores que tiveram seus direitos suprimidos.
Se você se identifica como socialista, progressista ou defensor da justiça social acima de tudo, faça a sua parte na prática: divida seu espaço, compartilhe seu aluguel, ceda seu quarto de hóspedes. Só assim seu discurso deixará de ser apenas retórica e se tornará ação concreta.
Porque solidariedade com o bolso alheio e o sacrifício dos outros não é virtude — é oportunismo travestido de ideologia.
O direito à moradia é sagrado, mas jamais deve ser utilizado como instrumento de dominação política.